quinta-feira, 26 de abril de 2012

A cúpula da Matriz

A nossa cúpula central é magnifica, e sua história é ainda mais!
Muitos não sabem que o construtor desta obra de arte, dá nome à nossa praça principal:

Monsenhor Marcos Nogueira.
(Extraído do livro: Templos e Crentes, autoria de José Alberto Pelúcio)

A igreja Matriz foi iniciada em meados do século XVIII, por volta de 1754. Como foi construida e decorada ao longo dos anos, assimilou características de vários estilos arquitetônicos como o barroco (trabalho em talha do transepto da nave central), o Luiz XV ( Altar - Mor ), o rococó
altares laterais  ) e o neo - clássico.

O escultor e Pároco baependiano Monsenhor Marcos Nogueira, resistente em adotar modelos europeus, utilizou motivos da flora local à obra da Nave Central - cachos de gravatá, acá, folhos de bananeira, de tabaco e cachos de uva - conferindo ao trabalho de escultura em cedro, um raro e único exemplar de um barroco genuinamente brasileiro.

A obra é reconhecida por especialistas como sendo única do gênero em todo país. Vale também ressaltar o painel do Descendimento da Cruz pintado por Joaquim José da Natividade.



Os quatro arcos de que tratamos sustentam ampla e formosa cúpula de cedro envernizado, nas bases da qual se encontram, dentro de triângulos, quatro lavores de talha, representando: O 1º, o pecado original, mostrando Eva, a serpente com o fruto proibido, a árvore fatal;


 o 2º, 3º e 4º representam o Coração de Jesus, o Coração de Maria e o Padre Eterno, respectivamente.
Acima, está o grande circulo, com franja de talha, formando delicada folhagem, com seus pingentes, imitando folhas de acá, disseram - nos.
Depois de uma cimalha em roda, abrem - se raias, na cúpula, sobre algumas das quais se distendem folhas de bananeira, com suas linhas e talos, raias que deixam, alguma, passar a luz, do alto, através de vidros.



Segue - se, acima, outro circulo, franjado com entalhes de folhas, imitando, parece, a planta vulgarmente denominada "unha de boi", mostrando - se, finalmente, no fecho da cúpula, um lindo cacho de gravatás com sua áspera folhagem espinhosa, de onde pende o grande e rico lustre central, que, a noite, põe, com suas múltiplas lampadas elétricas, reverberações naquelas obras d' arte.

Agora algo inédito, veja fotos de como é a cúpula central vista por cima. Através de um alçapão no museu da matriz, e subindo alguns degraus, se chega até o alto da cúpula.






























Estas duas ultimas fotos, são os forros das capelas de São José e Calvário.
                       

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